E tomaram para si a escadaria barroca.
A mesma que o tempo, em plenos direitos, tomou para si
para regozijar-se nos ásperos degraus de basalto negro.
Punham-se a dançar completamente despidos
senão pelas máscaras
poéticas
que lhes cobriam a face inexistente.
Dor e prazer formavam um amálgama com as notas estridentes de um violino enraivecido,
não contente em ser um mero coadjuvante.
O público enaltecia com fervor
homens e mulheres,
idosos e crianças.
E aplaudiam
e bradavam excitados
calorosamente aguardando sua vez.
Porque aquilo era o que lhes haviam pregado.
Ou porque aquilo era o que parecia ser
o mais próximo de algo fiel ao destino.
Os tocados punham-se a vagar em direções aleatórias
com suas caras desmanchadas pelo pensamento conformista.
Clarificados
e existindo
e revelados.
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