quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Encontro nada casual

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A voz dele era desanimada... talvez ele nem quisesse que ela fizesse o disparate de ir atrás dele, ele não sabia se valia à pena enganar sua namorada, se tivesse certeza...mas não, como um bom cavalheiro, se sentiu impelido a ir ao encontro dela.

Putz, e se ele chegasse lá e ela fosse estranha, se ela tivesse hálito de banana, língua presa, um pouco vesga, um desses "pequenos defeitos" que um pouquinho de noção de photoshop dá pra consertar ou desagrados que as imagens não são capazes de capturar... voz insuportavelmente estridente...mau cheiro...sabe-se lá...

Mas foi, com seu jeito sempre desgrenhando, barba por fazer e cabelo mal cortado, calça jeans surrada, desbotada na altura do pau, camisa preta comum, chinelos rider, telefonou pra ela: - Desce, estou na recepção.

Recostado em uma mesa ele ficou aguardando de braços cruzados e cabeça baixa, se distraiu perdido em seus pensamentos, temeroso do constrangimento que poderia vir a enfrentar. Ele escutou uma discreta gargalhada e olhou uma moça de costas conversava no balcão de atendimento, ele não via o seu olhar, mas via os olhares dos homens que a olhavam, isso bastou... É ela?

Sua fronte perdeu o franzido, seus lábios se entreabriram, e ele perdeu o seu olhar no comprimento dos cabelos pretos, cujo final coincidia com a altura da cintura dela, uma via sedosa cor de piche, cercada por curvas sinuosas... e ele derrapou, foi lançado pra fora dos seus pensamentos, a fitar a realidade.

Calça jeans escondendo um pedaço do salto bem alto, que a fazia ficar quase de sua altura, ele a imaginava pequena, ele a imaginava nervosa, mas ela estava serena. Ela virou apenas o rosto em sua direção, sorriu e acenou dizendo que já estava indo.

Os braços dele não estavam mais cruzados, desnorteado ele procurava uma almofada em sua volta, óbvio que não havia... puxava sua camisa pela frente na esperança de esticá-la pra esconder o tamanho do sua empolgação. E ela se aproximou, parou frente a frente, aproximou o rosto delicadamente, ensaiou beijar próximo aos lábios mais beijou distante, um beijo de cada lado.

Ele tentou parar o momento no segundo do encaixe do rosto, fantasiando que conseguiu, permaneceu com seus olhos fechados... - Ei, acorda!!rsss, está dormindo?

Abriu os olhos! De supetão pronunciou:- Você tem certeza que quer sair?

-Mas puxa, acabamos de nos conhecer e você já está me dispensando?

-Não exatamente,
chega mais perto... Ele se aproximou do ouvido dela e sussurrou:- Vamos subir...não quero perder tempo...

-Não, não acho graça nisso, vamos fazer o que combinamos, não íamos encontrar seus amigos em um bar? É pra lá que eu quero ir...

-Não faça isso...Se antes, ele queria evitar esse tal encontro com os amigos, pra que sua "namorada" não soubesse, agora ele estava a mercê da vontade daquela mulher, ele seria capaz de encontrar a namorada no tal bar, e colocar ela pra correr de lá mesmo, sem se dignar sequer a uma explicação.

Foram para o tal bar, muitos de seus amigos já se encontravam por lá, pra piorar a situação a porra da mulher era cativante e prendia os seus amigos em suas conversas e encantos. Ela sentada do seu lado, com o corpo empinado, sorria e contava história pra um de seus amigos, enquanto ele só conseguia olhar pra pele exposta entre o final da blusa e a base de jeans, que desceu exibindo pequeno pedaço de reentrância, finalizado por uma fita vermelha nas laterais, que eram a calcinha escapulindo.

A visão dele foi entrecortada por uma voz estridente, o que ele antes temia, aconteceu: Sua namorada chegou, foi logo sentando ao seu lado, abraçando puxando pelos braços... Ela apenas olhou discretamente pra entender o que acontecia, mas sabia da possibilidade e fingiu não estar percebendo. Um de seus amigos, já de olho grande, e bobo ele não era, a chamou: Vem pra cá, senta do meu lado... e ela, tentando ser diplomática e tentando evitar um barraco, fez força pra se levantar...

Na hora em que ela tentou se levantar, ele com sua mão direita, a puxou pela coxa esquerda abruptamente... -Senta, não saia daqui, eu vim como você. A "namorada" arregalou os olhos: - Mas o que é isso?

Ele respondeu baixo, mais firme:- Não está óbvio pra você? Não prefere evitar um maior constrangimento? Levanta e vai embora daqui agora, depois conversamos.

-Mais o que é isso, você vai me fazer passar uma vergonha dessas perto de nossos amigos?

Começou a levantar o tom de voz... A "turista" então, pra evitar confusão, levantou se encaminhando pra dentro do bar, pra deixar o "casal" discutir suas pendências. Mas ele foi atrás, enquanto a já "ex", tentava o puxar pelo braço, ele educadamente dizia:- Me esquece...E prosseguiu atrás dela.

-Ela foi para o banheiro, ele foi atrás e entrou no banheiro junto, cheio de mulheres...ele teve o descaramento de empurrar a porta do banheiro que ela entrou, pra poder ficar a sós com ela...a servente o expulsou aos berros...-Tá pensando que aqui é motel!!??

Esperou ela sair...A outra namorada? Sabe-se lá, ou foi embora ou estava chorando...-Vamos dançar um pouco, não vamos pra lá não...-Tá bom...

Os corpos se encostaram por completo pela primeira vez, tudo se encaixava, a lixa da barba foi feita pro pêssego da pele dela, os seios sob a blusa fina, roçavam no peito dele, as pernas dela ligeiramente entreabertas serviam de repouso pro desgaste bem localizado do jeans dele. Bocas em pescoços...respiração em ouvidos, musica...música? Onde??

Ele gentilmente foi a conduzindo em direção a uma mureta, por ali já haviam vários casais, mas certamente uns ignoravam aos outros...quando ele sentiu que ela já estava encostada na mureta, espalmou as duas mãos em suas nádegas, a puxando pra sentar na mureta e os seus joelhos em manobra rápida, abriram as suas pernas. As mãos bem acomodadas não queriam mudar de endereço, no máximo ir conhecer a vizinhança. E foi.

Vagarosamente ele encaminhava o seu dedo indicador por trás da calça jeans dela, não parecia que aquele dedo iria ousar tanto, mas estrategicamente fez um movimento rápido, indo conferir como estava a entrada dos fundos...ela deu um pulo, tentou puxar a mão dele, ele preparado não permitiu...sussurrou no seu ouvido: - O que tem demais, ninguém tá vendo...não teve jeito, relaxou...

Calças jeans não são nada práticas, enquanto ele rapidamente abriu a sua e deixou o pau visível, ela arregalou os olhos: -você tá maluco? Não dá pra fazer nada aqui!! -Da sim, ninguém vai ver...vamos mais ali pro cantinho...e foi a empurrando.

Com jeitinho, ele conseguiu abrir o jeans dela... a calcinha ficou, ela ainda tentando resistir, mas como ele é habilidoso, em um lance de zagueiro, ele puxou pro lado e fez gol, rapidamente, e dentro permaneceu parado. Não deu tempo dela rejeitar, e muito menos ela teve forças pra reclamar.

Permaneceram nessa posição inertes, apenas fitando os olhos um do outro, suas bocas arroxeadas como de quem nunca respirou, gozaram juntos e na saída do útero,  como recém nascidos sentiram o ar pela primeira vez.

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