quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Manifesto à Bunda

Grieg by Peer Gynt Suite Nos. 1, Op.46 : In the Hall of the Mountain King on Grooveshark
                         
   Bunda, latifúndio da alegria, redundâncias sagradas de mortal desejo. Bunda, montes de carne, elogio da beleza, felicidade nas curvas, nos derrapares dos meus olhos. Bunda, bundelícia, deleite de poetas e de mancebos, gládio dos guerreiros, simplesmente bunda. Bunda, abundante prazer, abundância de elogios, alvo dos olhos, aeroporto das fantasias. Bunda, bundestria, adestrada carne que vagueia lado a outro, abrindo alas, ferindo os olhos de quem deseja. Bunda, bundarte, repouso dos desejos de Goya, pouso dos desejos de Bosh, sonho de desejos de Renoir, pinceladas divinas obra máxima da curvilínea deidade feminina.

      Quando fazeres amor, mãos modeladoras passearão em apoteótica forma, moldando e modelando os círculos da feminilidade. Mãos que pousam, marcam e arranham, em forma de oração no cordel da inspiração onanista. Sim, a bunda marcada, riscada ao véu de noiva, vermelha e ardente, quente e sedosa, estrada de tijolos amarelos rumo ao reino mágico de sodoma.


        Bundalouca, caduceu alado. Rimas estonteantes e ilusórias de um bardo com hirto desejo, pulsante e rubro, vertendo o prazer, apto a semearem teu gemido. A bunda em temperatura baixa, recebendo o palato quente, molhando o solo em arada fenda, o agricultor do prazer preparando terreno fértil desejoso de dor lascivante.

      Bundariso, protuberância sorridente, simetria silenciosa, matematicamente bradante. Faço em suas falésias rios de salivas com minha ondulante e palativa língua. Correnteza rubra, redemoinho dos aventureiros, devoradora de homens, degustadoras de virilidade, saboreadora de priapos guerreiros.

      Bundançante, bailante bunda. Aquela que baila no deslizar suave e aspero do tango dos amantes, depravadora do baile rugoso. Bunbailante, dançante bunda, que vai e vem no vem e vai do bailar dos corpos.

      Bunfaminta, devorante bunda, que se delicia com a suculência do prazer, bebe cada gota e se lambuza com escorrentes lascívias. Devoradora dos gametas, bebedora dos aquosos garimpos, bundilábora... trabalhibunda.

      Bunda, poesia bundificada. Onde se juntou todas as sonoridas da última flor do Lácio para formas as duas sílabas mágicas BUN-DA.
Casal de sílabas, himeneu de Eros, capricho de Vênus. Bundatriz, bundálica, bundatotal,Delirantibunda, devastabunda, bundaoolica... simplismente BUNDA.

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