quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Bom, a Bela e o Feio




Josafá era um bundão. Não somente este era o seu estado de ser. Josafá era um tremendo zero à esquerda, um bobo, um panaca. Aquela pessoa tão insignificante que a própria sombra dele se envergonhava da existência. Cabelos melados com gel, partido ao meio, óculos de armação grossa e escura, roupas cafonas, um terninho mal amado e surrado. Josafá era pedante, suas ações eram bisonhas. Josafá era o cara dos deveres, humilhado pelo chefe, abusado pelos amigos do trabalho. A Frase que mais ouvia era: "Josafátermine o relatório pra mim, eu vou sair mais cedo hoje."Josafá tinha ódio da situação, mas a raiva ignorava os pensares e o sentimento de Josafá.  Josafá era tão ignorado, que os próprios pingos da chuva não o molhava, sua presença não era percebida na tempestade. 

Marcão era o BOM. Marcão era o chefe de Josafá. Marcão era esportista, jogava bola ás terças, quartas e sextas; exercia levantamentos de copos e deglutição acrobática às sextas, às segundas e às quintas; nos sábados ele cavalgava nos lombos da égua da secretária. Marcão era um boa praça, bonitão, queixo quadrado, voz de locutor de AM. Marcão era um comedor inveterado, mulherengo de carteirinha e sócio do clube dos descabaçadores autônomos. 

Josafá foi chamado à sala de Marcão.  Josafá já sabia que haveria um favor por trás do chamado, era praxe. Já na sala, Marcão ao telefone falava com a esposa: "Sim, vou atrasar hoje, não precisa me esperar. Quanto o problema, vou mandar alguém dar um jeito nisto." Josafá, sem graça, como de costume, não sabia o que fazer ao ouvir aquele diálogo terminando em: "Tchau, minha buzuzinha, minha tchutchuquinha..." 

-Josafá, meu nobre amigo, quero que faças algo para mim, Quero que vá lá em casa e arrume o computador para a minha mulher. Hoje é sexta feira, você sabe, tenho meus pulos e não posso voltar em casa agora. 

Josafá, como sempre, nunca dizia nunca, a palavra "não" tinha vergonha de ser pronunciada por Josafá. Eis que é dado a viajem até a casa de Marcão. Ao chegar lá, logo a mulher de Marcão o atendeu. 

Dolores era bela. Uma mulher maviosa, cheia de curvas, desejada pelos feirantes, os pedreiros, os arquitetos, padres e secundaristas. Não havia um homem que não sonhava em abrir as nádegas dela, não havia homem na face da terra que não desejasse mergulhar o pau no fundo de sua caverna úmida. Dolores era invejada pelas mulheres, amada pelos homens, perfeita. Era impecável, pois mesmo sobre tantas investidas, nunca cedera. 

"Então, é você o tal do Josafá que vai arrumar o Computador? Entre", dizia ela enrolada em um roupão, "Estava no banho, mas aí você chegou, sente-se". Josafá sentou-se na poltrona e logo já foi olhando para a escrivaninha.  

-Onde está o computador? Vejo só o monitor na escrivaninha.  
-Não há computador - disse ela abrindo o roupão - não há computador, pois o corno do meu marido me leva tanto a sério, que levou o computador para a assistência faz dois dias. 

Josafá transpirava feito chaleira, tremia feito vara verde, arregalava os olhos igual às virgens em núpcias. Tentou-se levantar, mas Dolores usou a perna para empurrar o peito de Josafá de volta pra poltrona. "Fique quietinho aí rapaz." Ela com o roupão aberto, meias 7/8, uma calcinha transparente mostrando seus púbicos loiros, seios róseos e médios, pontudos para a abóboda celeste. Ela fitou Josafá nos olhos e se ajoelhou, como uma gatinha, deu uma lambida na coxa do prosaico homem. Foi abrindo a calça de Josafá e logo viu o volume de sua masculinidade adormecida. Josafa se levantou assustado e fez que ia sairMas Dolores, num ímpeto de agilidade, agarrou as Bolas e o membro de Josafá e disse: "Fica exatamente onde está. " 

Dolores foi logo abocanhando Josafá, transformando ele em um exemplo vivo de todinho humano, dedilhando com o palato todas as curvas da masculinidade de Josafá, explorando cada curva, cada desenho de seu hirto membro latejante. Josafá se entregou. Dolores sorvia cada vez mais forte, acariciando suas sementes, fazendo , ali de joelhos, o trabalho de adoração ao falo transcendental. Dolores jogou Josafá na poltrona novamente e foi logo montando sobre o moçoilo, cavalgando feito uma amazonas em campo de batalha, usando a gravata de Josafá como arreio, cavalgava e gemia, cada trote do aranhão era uma estocada funda em sua lascívia mulheril. Dolores colocava seus seios junto ao rosto de Josafádando de alimento para o tesão do homem sortudo. "Me come, me possua, me pega,me morde, me destrua, acabe comigo." ronronava Dolores ao pé do ouvido de Josafá. 

-Não, eu não posso, eu.... 
"Cala a sua boca seu filho da puta e me come como uma vadia, Seja homem!" Isto foi o que ouviu Josafá.
  

PARE. Pare a leitura e imagine um homem possuído 


Josafá foi possuído por uma masculinidade sombria. Levantou-se, mesmo com Dolores trepada como um mico em seu viril apupo, carregou ela, cravada em membro, até a cama, jogou Dolores na cama e degustou cada centímetro de seu corpo, bebeu cada cheiro, respirou cada líquido, ouviu cada sabor que emanava do corpo de fêmea em cio de Dolores. Josafá tirou a gravata e  amarrou as mão de Dolores para trás e colocou-a em posição de gatinhos. Havia Marcas, havia sinais, havia umidade refletida na pele branca e sedosa de Dolores. Josafá Possuiu Dolores ali, como um troglodita, como um Touro, fez de Dolores uma vaca, uma Fêmea reprodutora. Cravava sua temperatura dentro dela em cada movimento, fazia Dolores miar, uivar, gemer e grunhir. Josafá tinha seu momento de Rei, fazendo todos sossentimentos de macho alpha dantes guardados, saírem todos de uma só vez. Foi tão forte que ficou a assinatura de Josafá na bunda selene de Dolores, a marca dos cinco dedos apoiados em uma palma marcante. Com os cabelos dourados de Dolores  na mão, Josafa puxava-os de leve, hora não tão leve assim. O ritmo aumentava e os sons aumentavam em constante calor, sons aqui, fulgores ali, até que Josafá urrou e verteu o Homem que ele guardava, inundando o interno umedecer de Dolores. Os corpos, melados de suor desabam no colchão, ali Josa e Dolores desconstroem o momento por uns cinco minutos em silêncio. 

-Me explique porquê?  - disse Josafá. 

"Meu marido não  me satisfaz. Todos os dias deito sozinha, todos os dias janto sozinha. Tosos os dias Marcão se perde, quando é encontrado, está cheirando à bebidas e perfume barato. A partir de hoje, ele é corno, este é o castigo do desgraçado." 

Josafá ficou ali por um tempo, seu semblante voltava ao normal, pedante, levantou-se, trocou de roupa. Dolores serviu um suco de groselha para Josafá antes de sair. Josafá vestiu o paletó do terninho surrado ajeitou o óculos e se despediu de Dolores. Caminhando até o ponto de ônibus, Josafá tirou do Bolso a calcinha que havia arrancado de Dolores, cheirou e soltou um sorriso sacana, aqueles sorriso meia boca, feito só com o canto do lábio. Estava indo embora com este sorriso e com uma idéia na cabeça: "Meu chefe é um Corno"  

Nenhum comentário:

Postar um comentário