terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ana



         Quando pus o vestido percebi que era melhor tirá-lo. Às vezes mesmo com a sedução que a roupa propõe, mostrar-se nua, inteira, intacta pode ser excitante ao sexo. Christian não para de me olhar, completamente vestido e amarrado na cama, parece estar perdido nas dobras do meu corpo. Mas é isso que eu quero, deixá-lo completamente insano antes de me possuir dentro dele.
- Por que faz isso comigo, Anastasia? Não vê que me estou louco pra meter em você?

            Eu sorrio. Adoro as súplicas de Christian. Adoro quando estou no controle sentindo a angústia dele em me possuir. Sento-me em frente a ele segurando um copo de vinho. Lentamente bebo do vinho e em seguida molho seu rosto com meu dedo banhado a vinho.
- Quer beber um pouco, Christian?
            Christian está hipnotizado. Parece não reconhecer seu desejo, parece sentir-se traído por ele. Jamais poderia imaginar estar fora do seu controle, ir de encontro aos seus abusos. Quero devorá-lo, sentir seu líquido dentro de mim. Mas quero maltratá-lo, penitenciá-lo por ser tão vulnerável, por me desejar tão facilmente.
            Lentamente abro as pernas sobre seu corpo. Acarinho seu corpo sob o meu, levando meu mamilo a sua boca.  Christian morde. Está com raiva de meu corpo. Está entregue as minhas mãos e sorri com isso. De onde viria tamanha repulsa e prazer perante dois corpos tão divergentes, tão impuros, tão independentes?
- Diga que é meu que abro meus lábios e deslizo no seu osso!
       Christian continua lambendo meu mamilo marrom, chupando o bico duro, mordiscando, me arranhando... Meu sexo está quente, carente de Christian. Vou desamarrá-lo, quero sentir o prazer que ele me causa. Peguei sua mão e coloquei no meu sexo, deixei que ele brincasse com meus pêlos, deixei que ele acarinhasse minha abertura, meu períneo, meu clitóris...
- Ta vendo como você se entrega, Anastasia? Meus dedos cheios do seu leite. Quero que você se deite e coloque suas pernas nos meus ombros. Quero ver todas as suas aberturas, quero lamber cada pedaço que tu guarda entre as pernas.
             Tiro delicadamente sua blusa branca, que de tão suada, já posso ver os cabelinhos do seu peito. Desabotoei com carinho o botão de sua calça e a puxei rapidamente.
            Christian está sentado na cama e eu estou sentada por cima dele. Coloquei minha bunda em cima do seu pau. Fiz dele um travesseiro, só que esse de tão duro, quer se mostrar, se exibir para mim. Coloquei as pernas nos ombros de Christian, com os braços um pouco afastados para trás. Ele morde os lábios com desejo. Ele está feliz em me ver aberta aos seus toques, entregue aos seus olhares, cúmplice da sua maldade.
- Como seu sexo é lindo.
            Christian fica impressionado com meus lábios, ele diz que são grossos pra uma buceta tão pequenina. Está maravilhado com meu leite escorrendo, traindo minha segurança, pronta para ser penetrada. Ele mete vagarosamente o dedo em minha buceta. Isso me provoca e eu levanto minha bunda. Estou gemendo, agarrada aos forros da cama. Não quero gozar, deixar à mostra minha fragilidade. Quero extrapolar de prazer, deixar Christian fascinado, insano, implorando minhas pernas todos os dias.
-  Quero te ver de costas! Diz Christian.
            Eu não tenho forças para negar qualquer que seja o pedido de Christian. Por um instante achei ter domínio sobre mim e sobre ele. Engano meu. Estou tão vulnerável a ponto de ser penetrada sem piedade por ele. Mas eu também quero me sentir. Sentir meu líquido que me fez contrair e esperar ansiosamente pelo pau de Christian. Antes de me virar coloco meu dedo junto ao dele e ficamos os dois me masturbando, bem devagar... Meu corpo treme. O incômodo que eu poderia sentir foi transformado em prazer, em voracidade.
            Rapidamente me viro de costas para Christian. Não posso deixar que ele desfrute muito tempo dos meus afagos. Apoio meus braços ao lado das pernas de Christian.
- Empina mais. Esfrega na minha cara sua bunda gostosa!
Christian está respirando meu sexo. Passa os dedos em cada pedaço de mim. Alisa minhas costas, minhas pernas...
- Como você é gostosa, Anastasia. Como você é gostosa!
            Seus dedos caminham em direção ao meu clitóris. “Ahh”, eu respondo com um gemido de prazer.
- Faz carinho nele, vai! Eu te imploro!
            Ele dá risada. Faz movimentos de ir e vir. É como se a magia ali se escondesse, tirando de mim toda a resistência e certeza de reagir e tomar Christian. Mas ele não me felicita. Ele quer me enfiar com tamanha dureza que seu pau já demonstra.
            Estamos em choque, entregue aos beijos que o sexo produz e a leveza em se degustar cada parte do corpo como se fossem os únicos permitidos na terra aos prazeres da carne. Christian me possuiu como um animal, rasgando minhas entranhas, sem pena ou pudor. Metia com tanta força que eu soluçava e repetia “Mete até me arrancar os lábios, mete até eu suplicar que você pare”. Ele entendia meus lamentos e respondia com mordidas, apertos no seio e beijos molhados.
            Estamos devorados. Arrastados pelo pecado. Já não sabemos a quem pertence o líquido quente. Meu corpo já estava afogado em prazer e gozo. Quase em frenesi, gritei e agonizei espasmos entorpecentes.
- Sou tua, Christian. Sou tua!
           

(Baseado em Cinquenta Tons de Cinza)

Um comentário: