sábado, 21 de julho de 2012

Máquina viva



Nesse momento me basta o silêncio, no máximo o som da sua respiração...entrando pelo meu ouvido, descendo como brisa que por dentro de mim, que te encontrará escondido e nervoso, tão vivo que quase é morto...tenso, mas rítmico como dança afro.

Que suas gotas salgadas de suor, se expressem como lágrimas...liberando tudo que seus olhos, por anos e anos, aprisionaram, por diversas partes do seu corpo, umedecendo como óleo que desemperra uma engrenagem...e a máquina anda sem precisar de força pra impulsionar, simplesmente funciona.

Venha entender que o galope é santo, subindo na minha liberdade de corcel, agarrado à minha crina...assim vamos pro céu ver estrelas sem sair daqui. Crê em que? No cosmos? Em algum Deus, pouco importa...aqui tem sons, cheiros, tatos, pulsações, carinhos e arranhões...pra que outro sagrado?

Natureza...ausência total de rimas pobres ou ricas, apenas o desgoverno do caos, e muito, muito mais que um big bang, que de tão prazeiroso chega a ser quase dolorido, rompedo paredes de peles,carne e ossos..culminando num intenso gritar de olhos arregalados, dentes trincados entre meus cabelos longos...

Agora respira...devagar, volta e tenta evitar a tristeza..você sabe ou já pensou onde esteve antes daqui?Não? Nem eu...pouco importa, nem pra onde vou...larga meu cabelo! Como? Sua barba está me arranhando...deixa, respira apenas e não diga nada, não sei...

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