Ela me olha e
sorri e depois de muito tempo volto a acreditar no Deus que os homens me
fizeram desacreditar, pois somente algo divino poderia ter criado tamanha
beleza. Suas mãos deslizam sobre meu rosto, meu rosto cansado, denunciado pela
barba rala sem fazer. Minhas mãos ásperas deslizam pela sua pele macia, suas
mãos vêm de encontro ao meu peito, ela diz que sempre foi apaixonada pelo meu
peito peludo. Sua língua desliza pelo meu pescoço, meu instinto não faz prévia
me leva de encontro a sua buceta, sinto um suspiro na nuca e ela me morde.
Queria saber como vim parar aqui, mas que se dane! A vida é curta demais para
se atentar a por menores.
Deito-a numa
cama macia, cheirando a amaciante, o aroma contrasta com o seu perfume, me
sinto num campo de flores, seus pés deslizam em meu peito e os beijos, seu
sorriso é tão lindo!
Abre suas
pernas lentamente revelando sua buceta linda, rosada, com poucos pelos pretos,
perfeita! Seu movimento lento, nada de vulgaridade exceto pelo meu comentário:
“Tu tá gostosa pra caralho!” – eu sou um cretino, mas adoro minha cretinice, e
sem demagogias, toda mulher quer ser gostosa, toda mulher quer ser desejada,
quando uma mulher abre as pernas, todas as barreiras são postas abaixo, a fera
foi liberada! E ai ou você mostra que tem colhões no meio das pernas ou se ferra,
perde a fêmea! Meus lábios deslizam, minha língua se solta lambendo toda sua
extensão, tão cheirosa e macia! Mulheres me enlouquecem, sou totalmente
dependente delas. Suas pernas tremem, seus gemidos aumentam até se tornarem num
grito mudo dentro da boca, suas mãos seguram meus cabelos e me puxam para fora,
obrigando-me a parar. Então se posiciona sua feição muda, ela é uma leoa agora,
e me joga na cama, busca o meu pau e o põe na boca, engole-me cheia de apetite,
sinto sua garganta, é uma sensação ótima, mas eu preciso tá dentro dessa
mulher. Posiciono-a na cama, seu liquido
jorrando facilita a penetração.
Estou dentro
dessa linda mulher, é mais do que uma realização, é mais do que prazer. Suas pernas
me prendem e sinto a maciez das suas coxas, suas mãos seguram o meu rosto,
prende o meu olhar no seu, sua boca na minha, somos perfeitos na cama!
Gozamos um gozo
intenso, sorrisos satisfeitos enfeitam nossas faces, estou rendido, é uma droga
admitir isso, se me pedisse, entraria no inferno agora, chutaria o rabo de
Satã, arrancaria um de seus chifres e atolaria em seu rabo só por farra, só
para ver essa mulher sorrindo satisfeita.
Seu semblante
muda, eu sei o porquê, sei o que vai me pedir, sinto um nó na garganta, meu
orgulho me faz antecipar:
_ Preciso ir.
_ Não precisa
ir senão quiser...
Beijo sua testa
e contraponho:
_ Mentirosa!
_ Eu não minto,
mas realmente você precisa voltar.
_ É, alguém
precisa cuidar daquela pocilga, aliás, anjo, quando se encontrar com Ele leve
meus comprimentos. _ Meu dedo em riste exibe
a clássica expressão malcriada.
_ Não farei, e
sabe por quê? Porque ainda sinto fé em você.
_ Besteira, é
quer saber? O que fizemos há pouco, nos daria umas boas horas no inferno.
_ Por que pensa
assim?
_ Porra! Tu não
leu a bíblia? O moralismo todo, que espécie de... _ sou interrompido de súbito.
_ Quem escreveu
a bíblia?
_ Sei lá, uma
penca de homens?
_ Sim, e quer
saber de um segredo?
_ Adoro saber
segredos!
Aproxima-se de
mim e sussurra em meu ouvido:
_ Todos eles
eram homens, nenhuma mulher! E o fato é, todos eles eram ruins de cama, por
isso o moralismo!
Fazia tempo que
alguém não tirava de mim uma risada tão intensa e espontânea.
_ Não O procure
nos homens, você não vai encontrar.
_ Vou te ver de
novo?
_ Vai, eu te...
_ Não diga se
não tem intenção de ficar comigo.
_ Sabe que não
posso mentir...
_ Eu sei,
preciso ir...
_ Tem
consciência de que está lá, por que ainda não perdeu a fé?
_ Porra
nenhuma! Estou lá, porque sou o mais depravado de todos! _ agora é ela que
sorri.
Copo de uísque
no balcão... estou de volta para droga do meu mundo. Puta dor de cabeça do caralho! É por causa da
mudança brusca de odores, bêbados de merda!
Podiam pelos menos tomar banho, inferno!
Tô mal-humorado
e sei o porquê, não é por nada disso que me cerca, não é... Mais um copo de
uísque no balcão, ao tentar ingerir o precioso líquido alguém me empurra
bruscamente e molho o rosto.
_ Porra meu! E
o gole do santo?
Eu nem pensei
quando afundei a fuça do cretino no balcão, todos me olharam pasmados, o
estrondo parou o boteco. Aquilo me incomodou de um jeito, que ficava perguntando
“que foi?”, ninguém responde nada, sinto até um pouco de vergonha, mas que se
foda! Se o santo queria beber, ele que pagasse a própria bebida.
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