aperte o play!
Quero minha recusa desrespeitada, minha luta combatida e meus braços isolados pra me eximir da culpa de ser corrompida.
Dentro de minha submissão quero sentir seus olhos sob minha tutela, se sentindo livres sem se perceberem escravos do prazer da minha capciosa imobilidade.
Meu corpo encena encarceramento, enquanto minha alma livre se enrosca como cobra nos seus órgãos, que no engano de que são dominadores, fazem tudo que meu tiroteio de desejos ordenam.
Eu então em apenas matéria inerte, te faço crer ser um leão, uma força da natureza indomada pelos outros, hipnotizada pela servidão que te ofereço.
Vou gemer, e pulsar ao sentir o seu grunhir, naquele momento em que outro curvar os olhos em minha direção você vai sentir no ar entorpecimento, vou te olhar, e admirar sua endorfina agir liberando gotas de suor, trincar de dentes, bufar e aceleração respiratória...vou fingir te segurar, e sutilmente mordendo meus lábios, vai ser difícil não exalar prazer ao te ver agir como dono do espaço, e de mim.
Os hormônios deixam cheiro de bicho, ataco o prazer de ser só sua me inclinando em sua frente, sentindo uma natureza que por eu não conter, precisa me penetrar. Sou fraca, há muitos bichos rondando por aí...pra eu sobreviver, basta eu fazer tudo que você me mandar.
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